"SE É TÃO IMPORTANTE,
PORQUE NINGUÉM QUEM FAZER ?"
PORQUE NINGUÉM QUEM FAZER ?"
Nunca mais esquecerei esta pergunta, feita por um garoto ao perceber que em uma reunião de um grupo de mulheres, ninguém queria assumir a coordenação, embora todas concordassem que o grupo não poderia acabar, exatamente por ser muito importante!
Sua pergunta me inquietou e deu vontade de dizer na hora: "Para tudo"! Oque estamos fazendo? ou melhor dizer: "Oque não estamos fazendo?"
Mas não é uma surpresa ou um fato inédito, infelizmente a situação acontece com muitos outros grupos, que mesmo compartilhando da importância do mesmo e do seu trabalho, poucos se dispõe a assumir responsabilidades. Um diz: "Tenho meus filhos"; outro diz: "Tenho meu trabalho"; outro diz: "Não tenho jeito", etc... Aí então alguém acaba assumindo. Os demais, talvez não querendo ir embora com nenhum sentimento de culpa, se colocam a disposição para oque a pessoa que assumiu precisar, e vão dizendo: "Conta comigo para qualquer coisa"... Mas nem sempre dá pra contar.
Isso nos lembra de quando Jesus em seu caminho, encontra com aqueles que lhe dizem: "Seguir-te-ei para onde quer que fores." (Lc 9:57), mas aos poucos cada um vai dando uma desculpa diante das dificuldades.
Se é tão importante anunciar as boas novas, anunciar o evangelho, porque poucos querem faze-lo?
Se é tão importante estar na Igreja em comunhão, fazendo missão, porque poucos querem faze-lo?
Se é tão importante amar concretamente os necessitados, porque poucos querem faze-lo?
Vivemos dias de multidões em Igrejas, Congressos, etc..., mas são poucos os que se reunem para orar, para ajudar os necessitados, para fazer discípulos, para cuidar uns dos outros.
Jesus conviveu com multidões, a todos amou e ensinou, mas foram poucos, os que se dispuseram a continuar sua obra!
Jesus a todos conhecia, para as multidões, afirmou que o seguiam por causa da comida.(Jo 6:26)
Para os discípulos disse: A vós, vos é dado conhecer os mistérios do reino de Deus.(Mc 4:11), mas também foram estes ensinados a servir.
Onde estamos? Nas multidões interessadas nas bençãos de Deus? ou entre os poucos que desejam servir e amar ao próximo?
Rosiléia Araujo
Agosto-2012
